Na segunda-feira, dia 5, sindicatos da Intercel e representantes da direção da Celesc se reuniram no Ministério Público do Trabalho (MPT) para audiência sobre a situação crítica de trabalhadores e trabalhadoras afetados pelo Projeto Conecte, em especial, atendentes comerciais. A Intercel denunciou em junho ao MPT as diversas violências sofridas pelo atendimento da empresa: pressão no local de trabalho, agressões verbais de consumidores e os diversos problemas técnicos que a categoria está enfrentando com a mudança de sistemas e que dificulta a execução do trabalho. Lamentavelmente, nenhum diretor/diretora da Celesc participou da audiência, o que demonstra o descaso pelo tema.
Após a Intercel apresentar um quadro atualizado sobre o atendimento comercial e a falta de perspectivas de soluções, a representação da empresa trouxe muitas informações sobre o sistema e pouco falou sobre o cuidado com trabalhadoras e trabalhadores.
O Procurador do Trabalho, Dr. Sandro Sardá, questionou quando será solucionado o problema, qual a previsão de normalização do sistema e afirmou que não viu dados objetivos por parte da empresa. Também disse que a Celesc precisa oferecer segurança e saúde à categoria.
Pela empresa, foi afirmado que a previsão é que entre setembro e outubro os problemas do novo sistema estejam solucionados. Reconheceram um deficit de apenas 13 atendentes, contudo sinalizaram que esse deficit, na verdade, seria de 44 atendentes. A Intercel, na sequência, fez a cobrança para que seja feito o levantamento com a participação dos sindicatos da real necessidade do quantitativo de atendentes.
Após forte discurso do Procurador do Ministério Público do Trabalho cobrando uma solução urgente aos problemas apresentados, a Celesc se comprometeu a tentar viabilizar a contratação dos 44 atendentes comerciais que a própria empresa reconheceu como necessários.
Por fim, o Procurador afirmou que serão feitas inúmeras recomendações à Celesc – entre elas, as contratações de empregados em número suficiente para a solução dos problemas, e não descartou a realização de nova audiência a fim de que a Celesc apresente dados e não apenas discurso.