Em Assembleias no primeiro dia de greve, celesquianos e celesquianas aprovam nova contraproposta ao ACT

Mobilização da categoria e disposição para a luta foram fundamentais para os avanços registrados

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 Após oito rodadas de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025 dos empregados da Celesc, na última quinta-feira, dia 19, a categoria votou pela rejeição da contraproposta negociada pelos sindicatos da Intercel com a empresa. Com isso, foi aprovado o início da greve por tempo indeterminado a partir das 6h da manhã desta segunda-feira, dia 23. 

 No mesmo dia da aprovação da greve, a Intercel fez o comunicado da decisão dos trabalhadores à Direção da Celesc e também o aviso à população sobre a paralisação das atividades. Com a repercussão da aprovação da greve, a Direção da empresa se viu pressionada e apresentou uma nova contraproposta no final de semana, com avanço considerável no vale alimentação (que evoluiu 9,61%), no abono de fechamento de Acordo (R$ 600), a ser pago em janeiro de 2025 como crédito no vale alimentação, na manutenção do Grupo de Trabalho que discute a isonomia e no avanço na Gratificação Diferenciada de Férias aos empregados admitidos na empresa a partir de 2016.

 Com a nova contraproposta em mãos, a Intercel avaliou que as melhorias conquistadas eram significativas e que seria possível haver um indicativo pela sua aceitação. As Assembleias com a categoria foram realizadas nos portões da empresa, com os celesquianos já em greve, na segunda-feira, dia 23, pela manhã.

Nas Assembleias pelo estado, foi explicado que os avanços conquistados foram frutos da luta e da unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras. A mobilização na Administração Central, no Itacorubi, em 16 de setembro, que reuniu colegas de todas as regiões do estado, e a aprovação da greve por tempo indeterminado foram responsáveis pelas melhorias na contraproposta. A categoria evoluiu de um reajuste de 2,78% nas cláusulas econômicas, com redução de dirigentes sindicais e possibilidade de retirada de direitos para novos trabalhadores, para uma proposta de reajuste das cláusulas econômicas pelo INPC, avanço considerável no vale alimentação, evolução na gratificação diferenciada de férias, manutenção da estrutura sindical e um abono que não estava previsto até a aprovação da greve pelos empregados.

 A Coordenadora da Intercel, Caroline Borba, agradece a confiança da categoria nos sindicatos majoritários: “não fosse o ato que mobilizou cerca de trezentos trabalhadores, a disposição de luta com a deflagração de greve, não teríamos uma contraproposta passível de aprovação. Parabéns àqueles e àqueles que acreditam na força da luta coletiva”. A Intercel comunicou a empresa da aprovação da contraproposta nas Assembleias e solicitou uma data para assinatura do Acordo, ainda nesta semana.

 Atenção: A luta intensa da categoria, coordenada pelos sindicatos da Intercel, resultou nas melhorias que possibilitaram o fechamento de um bom Acordo Coletivo de Trabalho, com garantia de emprego, manutenção dos benefícios e avanços aos trabalhadores. No Acordo Coletivo é prevista uma taxa de contribuição negocial, que garante os recursos necessários para que todas as atividades aconteçam e para que a luta seja possível. A Intercel espera que os empregados reconheçam e valorizem as conquistas e contribuam para a luta. Conforme informado em Assembleias, após a assinatura do Acordo Coletivo, as pessoas não sindicalizadas aos sindicatos da Intercel que não valorizam a importância dos sindicatos na construção da luta, podem entregar a carta de oposição à contribuição negocial de 6%. A carta deve ser assinada à mão e entregue pessoalmente nas sedes dos sindicatos da Intercel ou enviadas por AR (uma carta por envio) dentro do prazo dos 30 dias, a contar da assinatura do Acordo Coletivo, ainda nesta semana.

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