Copel privatizada está entre as piores companhias do País

Governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), deu início ao processo de privatização dias após sua reeleição, em 2022

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 A Companhia Paranaense de Energia (Copel), outrora uma das melhores distribuidoras de energia do Brasil, ao lado de Celesc e Cemig, vem acumulando centenas de reclamações e piora nos índices da ANEEL. Desde a conclusão do processo de privatização, em 2023, os números só caem.

No início de abril, a ANEEL divulgou o ranking que avalia a qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras de grande porte e colocou a Copel na antepenúltima posição – 29ª colocação entre 31 concessionárias. A Copel ficou apenas à frente da CEEE, do Rio Grande do Sul, e da Equatorial, de Goiás. A classificação se refere ao Desempenho Global de Continuidade (DGC) em 2024, índice obtido com base na duração e frequência das interrupções no fornecimento de energia.

 De acordo com dirigentes sindicais que atuam na Copel e parlamentares de oposição no Paraná, a queda na qualidade dos serviços iniciou com o processo de privatização do governador Ratinho Júnior, com a adoção de programas de demissão voluntária e priorização do lucro aos acionistas. Os números confirmam o argumento: Para se ter ideia, em 2016, a companhia foi considerada pelos clientes a melhor da América Latina. De 2021 para 2024, a Copel despencou da 10ª para a 29ª posição no ranking. Do 10º lugar em 2021, foi para a 22ª colocação em 2022. Em 2023, quando a companhia foi privatizada, caiu para o 25ª lugar. Em 2024, uma nova queda, para a 29ª colocação.

Além dos maus serviços, a empresa privatizada aumentou os salários de seus diretores, fez inúmeras demissões e busca retirar uma série de direitos da categoria durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho.

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