Vereadores de Palhoça debateram em Sessão na Câmara na segunda-feira, 14 de abril, sobre a possível venda do terreno do Almoxarifado Central e loja da Celesc no município, localizado às margens da BR 101. O vereador Alexandre de Sousa (PP) iniciou seu discurso lamentando a possibilidade de venda do terreno, tendo em vista “a arrecadação de ISS, ICMS e IPTU” ao município, e as famílias de mais de 130 trabalhadores que atuam no local. Na sequência, houve uma crítica ao atendimento na empresa. Os vereadores Jean Negão (PSD), Pepê (Podemos) e Márcio Cesar (Podemos) também se manifestaram, reclamando do horário de funcionamento da loja e do atendimento on line aos clientes. Por fim, o vereador André Xavier (MDB) fez uma comparação da Celesc com as empresas de telefonia, afirmando que a companhia deveria ser privatizada: “deveria acontecer igual aconteceu com as companhias de telefone, com a privatização (…) Se vocês avaliarem as reclamações que estão acontecendo no município, a exemplo de projetos aprovados nesta Casa, como fio solto e outras situações das empresas terceirizadas, eu não consigo mais ver uma melhoria da Celesc do jeito que está. Eu gostaria de ver o governo privatizando”.
É importante dizer que a situação caótica da Celesc em Palhoça não é causada por uma chefia ou por seus trabalhadores. É provocada, sim, pelo descaso da direção da empresa com a cidade. A falta de atendentes e consequente dificuldade de resolução dos problemas pelos consumidores já foi debatida pelos sindicatos com a direção da empresa diversas vezes e esteve até na capa da edição 1639 do jornal Linha Viva, em fevereiro passado. Nenhum trabalhador em Palhoça é responsável pela demora no atendimento ou pelo caos causado por empresas terceirizadas. A comparação com empresas de telefonia também é descabida e, se o parlamentar observar os estados vizinhos, concluirá que a privatização da energia só piorou o atendimento.
Desde semana passada o Sinergia está buscando um espaço de contraditório na Câmara de Palhoça, para levar aos vereadores da cidade a informação correta e o desejo da categoria eletricitária em voltar a atender bem a população local.