Santa Catarina deve registrar quase 4 mil novos casos de câncer de mama em 2025

Mastologista Marcelo Prade reforça que prevenção começa com escolhas diárias e não se limita ao Outubro Rosa

0
50
Médico Marcelo Prade - Crédito: Gabriel Vanini

 Com estimativa de 3.860 novos casos de câncer de mama em Santa Catarina em 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), sendo 340 novos diagnósticos em Florianópolis, o mastologista Marcelo Prade faz um alerta: prevenir a doença vai muito além do autoexame e dos exames de rotina. Segundo ele, o estilo de vida é um dos principais fatores de proteção, e que precisa ser levado a sério todos os dias do ano, não apenas durante o Outubro Rosa.

Especializado em mastologia e reconstrução mamária desde 2021, o médico destaca que a medicina já permite identificar lesões antes mesmo da formação de nódulos. “Mas isso só é eficaz quando há acompanhamento médico e, principalmente, quando o paciente adota hábitos saudáveis”, afirma.

 Entre as atitudes que ajudam na prevenção, o médico cita a redução do consumo de embutidos, alimentação mais natural, controle de peso e prática regular de atividades físicas. “São medidas simples, mas que fazem diferença real na saúde da mama”, reforça.

 Ações preventivas 

Durante o Outubro Rosa, campanhas incentivam o autoexame e exames como mamografia e ultrassom. No entanto, Prade lembra que esses cuidados devem ser mantidos ao longo do ano. “É comum em outubro, graças às campanhas, falar sobre a doença com mais incidência em mulheres, depois do câncer de pele não melanoma. Mas o cuidado precisa ser contínuo”, explica o médico que faz parte da equipe de mastologia do Cepon, em Florianópolis.

 O médico compartilha que além dos profissionais na área da oncologia e mastologia, é fundamental o apoio de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, radiologistas, radioterapeuta e terapia ocupacional.

 Prade também destaca que é fundamental desmistificar tabus, um deles é que a doença pode afetar também os homens. Por isso, o incentivo e a realização de exames podem ajudar no diagnóstico precoce e aumentar a qualidade de vida do paciente até a cura da doença.

 Autoestima e reconstrução da mama 

 Com os avanços da mastologia, a retirada total da mama deixou de ser regra. “Hoje, muitas pacientes podem passar por cirurgias menos invasivas, com recuperação mais rápida e preservação da forma da mama”, afirma Prade.

 Nos casos em que a reconstrução é necessária, técnicas como mamoplastia, prótese de silicone, lipoaspiração e enxerto de gordura ajudam a restaurar a autoestima. “A feminilidade é profundamente impactada pelo tratamento. Por isso, investimos em tecnologia e acolhimento para minimizar essas marcas e devolver qualidade de vida”, conclui.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui