Categoria encerra greve unida e disposta para novas batalhas

Demonstração de unidade entre empregados novos e experientes chamou a atenção até mesmo de outras categorias profissionais

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Trabalhadoras e trabalhadores da Celesc encerraram na última quinta-feira, 2 de outubro, a greve que iniciou em 22 de setembro. A principal bandeira que levou a categoria à paralisação dos serviços foi a cobrança pela isonomia de direitos entre trabalhadores que ingressaram na empresa antes e depois de outubro de 2016. 

A direção da Celesc apresentou uma proposta vergonhosa na mesa de negociação, que não trazia sequer a reposição inflacionária a todas as cláusulas financeiras e só começou a mudar de postura a partir do anúncio da aprovação da greve pelos trabalhadores. Novas negociações foram realizadas e os sindicatos conquistaram a reposição da inflação a todas  as cláusulas financeiras do Acordo Coletivo. Com a negociação novamente travada, foi necessário que as partes buscassem a mediação do Ministério Público do Trabalho. Nesse novo espaço de negociação, a habilidade dos Procuradores Federais foi decisiva para que se encontrasse uma solução ao impasse: além da correção salarial pelo INPC e recomposição de todas as cláusulas financeiras, houve avanço na gratificação de férias aos empregados admitidos a partir de outubro de 2016. Além disso, também houve avanço no vale extra a ser pago em janeiro de 2026. Nenhum direito fora retirado e a Diretoria da empresa, que num primeiro momento, queria descontar na folha de outubro todos os dias não trabalhados durante a greve, aceitou permitir a compensação de seis desses dias até o mês de julho de 2026.

Unidade na luta 

 A união entre celesquianos novos e experientes foi observada por diferentes entidades sindicais de SC. Lideranças de outras categorias, presentes nos piquetes de greve, comentaram sobre a importância da unidade na luta pela isonomia. Um dirigente presente no piquete em Florianópolis disse que “poucas vezes” viu “tamanha solidariedade e consciência de classe” como a da greve dos celesquianos em 2025: “serve de exemplo a outras categorias profissionais”.

 O Acordo Coletivo foi assinado em 6 de outubro de 2025. Com isso, o prazo para apresentar carta de oposição à contribuição negocial, cobradas de trabalhadores que não são filiados aos sindicatos da Intercel, encerra em 21 de outubro de 2025. A Intercel reforça a importância da contribuição para manutenção da luta de direitos e a defesa da Celesc Pública.

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