Câmara de Concórdia abre espaço para representação da categoria

STIEEL FEZ FALA EM DEFESA DOS DIREITOS DA CATEGORIA

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Jeferson dos Reis e a vereadora Ingrid Fiorentin na Câmara de Concórdia

A Câmara de Vereadores de Concórdia abriu espaço, na sessão de 7 de outubro, para que a representação do STIEEL e da Intercel se manifestasse nos dez minutos de Tribuna Livre, em defesa de trabalhadoras e trabalhadores da Celesc e da manutenção da empresa pública. O espaço, concedido pelo presidente da Casa Legislativa, vereador Closmar Zagonel (MDB), foi solicitado pela vereadora Ingrid Fiorentin (PT). Ingrid já fez manifestações em defesa da Celesc Pública junto à vereadora Margarete Poletto Dalla Costa (PSDB) em sessões anteriores e igualmente abriu espaço à categoria no ano passado. As vereadoras também marcaram presença na Assembleia Estadual dos empregados da Celesc, realizada no mês de agosto na cidade de Concórdia.

 O dirigente sindical Jeferson dos Reis representou os celesquianos na Tribuna Livre. Ele agradeceu pela cessão do espaço e a presença de colegas da Celesc no ato. Jefferson explicou os motivos da greve na empresa nos últimos dias: “A nossa pauta principal foi buscar direitos que foram retirados em 2016, a isonomia. Queremos que todos os celesquianos tenham os mesmos direitos. E quem entrou na empresa pós 2016, depois de uma greve muito longa, hoje não tem os mesmos direitos de quem entrou anteriormente na companhia”.

 Ele também explicou aos vereadores e à sociedade concordiense que acompanhava a sessão, que a categoria não cobrava um reajuste salarial astronômico na campanha de data-base deste ano: “A nossa pauta era mais do que justa. Não queríamos um incremento de custos para a Celesc. Não estávamos buscando uma supervalorização dos nossos salários, tanto é que o nosso acerto depois com a empresa foi feito em cima do reajuste inflacionário, o INPC. O que buscamos e continuaremos sempre lutando é por isonomia, para que todos tenham os mesmos direitos”. O dirigente lembrou que foi realizada até mesmo a tentativa de compra do direito, negada pela diretoria da Celesc: “É difícil o diálogo com a atual diretoria. E mesmo nós dispostos a comprar esse direito para quem não tinha, em que os trabalhadores mais velhos estavam dispostos a abrir mão de um percentual de um reajuste inflacionário para estender esse direito a todos os trabalhadores, a empresa não aceitou”.

 Ainda na Tribuna da Câmara, Jeferson recordou que hoje a diretoria da empresa tem sido pautada tão somente pelo lucro dos acionistas: “É uma crítica à diretoria que não valoriza os celesquianos, que muito bem atendem os catarinenses. É preciso ressaltar que qualquer empresa pública, quando se fala em governança, deve estar pautada em três pilares – os trabalhadores, a sociedade e os acionistas. Porém, o que observamos é que a diretoria que está hoje na empresa atende apenas a um desses pilares, os acionistas. É tudo em favorecimento do lucro para os acionistas (…) Enquanto tivermos uma diretoria que pauta apenas o lucro dos acionistas, nós teremos problemas ali na frente que vão afetar a sociedade catarinense”. Jeferson explicou: “Quando você começa a cortar direitos de trabalhadores ou não contrata novos empregados para repor o quadro, visando apenas lucros extraordinários, você começa a não atender bem a sociedade”.

 O dirigente lembrou de casos de estados vizinhos, como no Rio Grande do Sul e no  Paraná, onde as distribuidoras de energia foram privatizadas e a Celesc Pública continua sendo referência de atendimento: “Olhem para o Rio Grande do Sul, dez equipes foram chamadas a atender o estado no ano passado, a empresa pública foi chamada para atender a empresa privada. A Copel com apagões. Vejam o estado de São Paulo, com a Enel privatizada, são apagões em cima de apagões”.

Jeferson lembrou o respeito e o compromisso do celesquiano com o estado de Santa Catarina mesmo durante a greve: “Reforço nosso compromisso com a sociedade concordiense, com os municípios ao redor e com a população catarinense. Sempre iremos atender muito bem a sociedade. Mesmo nesse período de greve, de dez dias e meio, estávamos, como sempre, voluntários lá. Caso houvesse a necessidade, sairíamos de forma voluntária e iríamos atender a população, pois temos o maior respeito com o cidadão catarinense”.

 Por fim, ele frisou que “essa é a nossa luta: Brigamos constantemente para que não retirem direitos dos trabalhadores. O celesquiano precisa ser bem remunerado para continuar atendendo bem a sociedade e não temos vergonha de lutar pelos nossos direitos. A nossa luta será sempre constante para que não deixem privatizar a maior estatal catarinense, a Celesc, que tem uma das menores tarifas de energia do Brasil. Ultimamente, estão abrindo mão do bom atendimento à sociedade em detrimento de lucros exorbitantes para os acionistas. Essa luta é de todos nós. Quando ficarem 3, 4 dias, sem luz, sem atendimento, a quem vamos recorrer?” 

A Intercel agradece à Câmara de Vereadores de Concórdia pelo espaço. 

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