A interpretação criativa de Moisés

INTERCEL CONTESTA DECLARAÇÃO DO DIRETOR DE GESTÃO CORPORATIVA E DENUNCIA DISTORÇÃO DE FATOS

0
10

Durante a última reunião do Conselho de Administração da Celesc, realizada dia 23 de outubro, o Diretor de Gestão Corporativa, Moisés Diersmann, omitiu informações e distorceu fatos quando afirmou que os sindicatos da Intercel teriam informado que “não reconhecem as normativas internas” da empresa.

 De acordo com seu registro em ata, durante reunião da Comissão de Recursos Humanos (CRH) realizada 16 de outubro com os sindicatos que integram a Intercel, o Diretor teria lembrado aos dirigentes sindicais sobre as normas internas que regulamentam as relações sindicais e o acesso e permanência nas dependências da companhia e, ao ouvir os argumentos dos sindicalistas sobre falhas de construção da referida normativa, o Diretor simplesmente concluiu que os sindicatos não reconhecem as normativas internas da Celesc.

A Intercel contesta essa versão, que beira o absurdo. Os sindicatos da Intercel não apenas respeitam as normativas internas da empresa como inclusive participam da construção de várias delas, que são inclusive referenciadas em Acordo Coletivo de Trabalho. Isso não impede, entretanto, que os sindicatos se manifestem contrários a uma normativa específica, elaborada de forma unilateral e com princípios estritamente proibitórios.

 MANIFESTAÇÃO LEGÍTIMA E PACÍFICA 

 No ato dos trabalhadores em 18 de setembro, ocorrido durante reunião do Conselho de Administração, nenhuma norma foi descumprida. O que houve foi uma grande manifestação, contrária ao projeto de reestruturação das Diretorias. Como sempre, de forma pacífica, ordeira e sem representar qualquer perigo às pessoas ou ao patrimônio, os celesquianos, mais uma vez, demonstraram seu descontentamento com os rumos que a Diretoria da Celesc vem dando à empresa. (CONFIRA IMAGENS)

 SOBROU DISTORÇÃO 

O fato é que Moisés, ao ser cobrado pelos Conselheiros, parece ter se acovardado, justificando que os sindicatos desrespeitam as determinações da empresa e recorrendo à saída fácil: distorcer fatos e as falas. O diretor, além de não manter sua palavra nas negociações junto ao MPT, também desrespeita o Conselho de Administração, trazendo uma narrativa falsa sobre as falas dos sindicalistas.

 NORMAS SE RESPEITAM, MAS TAMBÉM SE QUESTIONAM 

 As normativas existem e são respeitadas, mas isso não impede que as entidades sindicais as critiquem ou questionem, como no caso da normativa que define critérios para o recebimento do auxílio PCD, considerada pelos sindicatos uma afronta ao Estatuto da Pessoa com Deficiência.

 RESPEITO E TRANSPARÊNCIA: VALORES QUE NÃO PODEM FALTAR 

Para os representantes da categoria o episódio compromete a imagem institucional da Diretoria e reforça a necessidade de um diálogo transparente e respeito às representações sindicais dentro da empresa.

 É preciso permanecer em alerta diante de posturas autoritárias que ameaçam a liberdade de expressão e de organização. A Celesc é PÚBLICA, pertence a todos os catarinenses e não pode se transformar em propriedade de gestores indicados, arbitrários e incapazes de conviver com a divergência e com a voz dos trabalhadores.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui