A Caravana da Intercel foi finalizada na semana passada com saldo positivo. Celesquianas e celesquianos de mais de cinquenta municípios foram visitados e puderam apresentar suas angústias e preocupações aos dirigentes sindicais. Diversas falas foram repetidas pela categoria estado afora, como a preocupação com o atendimento à população: “atendente comercial não tem dormido à noite, preocupado com o futuro da Celesc. Estamos indignados com a ausência de solução dos problemas do sistema”, afirmou uma empregada do oeste do estado. Do extremo oeste, veio a afirmação de um eletricista, que também foi ouvida por dirigentes sindicais de outras regiões: “o cesto aéreo e o plano de saúde são hoje as duas coisas mais importantes para nós. O sucateamento das camionetes nos preocupa, pois vem atrasando a prestação do nosso serviço à população”. De fato, a reclamação com o estado atual das camionetes foi um mantra repetido à exaustão durante toda a Caravana.
Outra queixa muito repetida foi em relação ao mobiliário: “próximo à Diretoria, a todo momento trocam os móveis, enquanto por aqui, na Regional, temos que batalhar e lutar muito para conseguir algum móvel mais novo”.
A Caravana da Intercel não é um espaço criado para os sindicatos anotarem reclamações dos trabalhadores. Isso faz parte do cotidiano sindical. Mas chama a atenção, quando um problema que ocorre em Tijucas, na Grande Florianópolis, é idêntico ao que ocorre em Maravilha, no extremo oeste, como a falta de qualidade das cadeiras recém compradas para os clientes aguardarem na fila de espera dentro da loja.
Outra semelhança entre Tijucas e Maravilha (que também ocorre em outros escritórios) é a demora para resolver problemas simples, como infiltrações no edifício: “é um parto conseguir a reforma desses problemas. São anos aguardando”.
A Caravana da Intercel tinha como objetivo chamar a categoria para a Assembleia Estadual desse sábado e para a luta pelo Acordo Coletivo de Trabalho deste ano. Mas também aproveita o espaço para ouvir as angústias e as dores da categoria eletricitária – que são muito semelhantes e demonstram que a atual Diretoria não tem ouvido os trabalhadores.