A direção da Celesc anunciou no início de junho que “a Diretoria aprovou a contratação de 71 novos profissionais para várias áreas”. E argumentou que “essa decisão veio depois de um levantamento das necessidades atuais, principalmente por conta das mudanças no quadro de dotação e da implantação do novo sistema comercial”. A verdade é que as contratações recentes são resultado da luta da Intercel.
Desde antes da implantação do novo sistema comercial, há mais de um ano, os sindicatos da Intercel alertavam a direção da empresa sobre a necessidade de novas contratações em diversos setores. A diretoria da Celesc, felizmente ignorou os apelos, apostou nas terceirizações e na precarização dos serviços e não fez as contratações necessárias.
Somente após a denúncia dos sindicatos ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o volume excessivo de atividades em diversas áreas – que chegaram a culminar em adoecimento e até pedidos de demissões – e após audiências conciliatórias e a Recomendação expedida pelo MPT, é que a Celesc passou a considerar as admissões de novos trabalhadores, especialmente para áreas como atendimento e suporte à área comercial.
Dentre as vagas a serem preenchidas, pelo comunicado da empresa, são “39 assistentes administrativos, 9 administradores, 9 técnicos industriais, 6 assistentes sociais, 3 atendentes comerciais, 2 técnicos de segurança, 1 economista, 1 engenheiro eletricista e 1 contador”. A própria empresa afirma, em seu comunicado, que a maior parte destes profissionais deve ir para a Diretoria Comercial.
O caso das vagas de assistentes sociais era um dos mais absurdos: havia 6 Agências Regionais sem assistente social em seus quadros. Num momento em que a categoria passa por situação de sobrecarga, estresse, adoecimento e até agressões verbais e tentativas de agressões físicas, é fundamental ter estes profissionais por perto.