COP 30: Oportunidade de recolocar o Brasil no centro do debate sobre a Transição Energética Justa

Classe trabalhadora defende uma Plataforma com Transição Energética Justa, Soberana e Popular

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 Acontece entre os dias 10 a 21 de novembro a 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém do Pará. O evento é histórico não apenas por trazer novamente o debate climático para a América do Sul, mas por ocorrer em um momento decisivo para o futuro da energia, do trabalho e do meio ambiente.

A transição energética, é um dos temas centrais das discussões, que significa substituir as fontes que geram alto volume de carbono, como petróleo, carvão e gás, por fontes limpas e renováveis, como energia solar e eólica. No Brasil, esse processo tem se concentrado especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, onde há abundância de sol e ventos fortes, criando um potencial estratégico para o país liderar a produção de energia sustentável no mundo.

 Mas os eletricitários e eletricitárias do Brasil defendem que a transição não pode ser “verde” apenas no discurso. Precisa ser justa, garantindo direitos e proteção social às pessoas trabalhadoras envolvidas. A implementação das novas usinas têm revelado contradições importantes: desmatamento para instalação de placas solares, arrendamento de terras com valores irrisórios, que retiram o direito de aposentadoria dos trabalhadores rurais ao transformá-los em arrendatários e uso crescente de mão de obra terceirizada, com menos direitos e mais precarização. 

O desafio, portanto, é fazer da transição energética um projeto de desenvolvimento com justiça social, que combine inovação tecnológica, preservação ambiental e trabalho digno. Para o movimento sindical, esse é o caminho para garantir que o Brasil avance no combate às mudanças climáticas sem repetir velhas desigualdades.

Em setembro na Conferência Nacional dos Urbanitários – CNU foi lançada a Plataforma Operária e Camponesa que destaca os pontos defendidos pelos trabalhadores sobre a transição energética justa, soberana e popular (acesse completa pelo QR Code).

 Os eletricitários e eletricitárias acompanham atentamente esses debates e reforçam que a COP 30 deve ser um espaço de defesa do trabalho, da soberania energética e da sustentabilidade com inclusão social, princípios que orientam nossa luta cotidiana por um futuro melhor para quem produz a energia deste país.

 

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