Diante da repercussão e pressão dos trabalhadores por saber em que estágio se encontra a proposta de mudança da estrutura da Celesc, os sindicatos da Intercel procuraram na semana passada os cinco diretores empregados de carreira da casa para reuniões sobre o tema. A Intercel conseguiu dialogar com os diretores Vitor Lopes Guimarães (DCL), Pilar Sabino da Silva (DRG), Eloi Hoffelder (DGT) e Claudio Varella (DDI). O diretor Pedro Augusto Schmidt de Carvalho Junior (DRJ) estava de férias e por isso não se reuniu com a Intercel.
Em todas as reuniões realizadas, a Intercel agradeceu a disposição de diálogo dos diretores e questionou como surgiu e de onde partiu a proposta de reestruturação e em que estágio ela se encontra hoje. Todos os diretores foram unânimes ao responder que a proposta foi apresentada em reunião de Colegiada, mas que, por ser uma proposta ainda muito embrionária, não tiveram maiores detalhes naquele momento. Uma das possíveis motivações levantadas pelos diretores foi que a mudança teria como objetivo “modernizar a empresa” e aliviar diretorias que estavam sobrecarregadas, como a DDI. Ainda, foi comentada suposta necessidade de cumprir regras da ANEEL acerca da comercializadora de energia. Nenhum dos diretores respondeu de onde teria partido a proposta de mudança (se do governo ou de dentro da Celesc), apenas informaram que a apresentação foi feita pelo diretor Julio Pungan (DEF).
A Intercel, por sua vez, demonstrou preocupação com a proposta, especialmente no momento político atual, às vésperas do ano eleitoral. Além disso, aproveitou a oportunidade para expor os riscos de privatização da Celesc Geração, terceirização do atendimento comercial e de outras atividades, bem como a precarização dos serviços – já que determinadas diretorias passariam a comandar áreas sem nenhuma relação com suas funções.
Todos os diretores-trabalhadores foram alertados que a expectativa da categoria é que eles sigam defendendo a Celesc Pública e que estejam atentos a qualquer ameaça que possa trazer riscos ao caráter público da companhia.
Ainda nas falas dos diretores, a Intercel foi informada que novas reuniões serão realizadas para debater a possível reestruturação e que há possibilidade de mudanças naquele organograma que chegou até os sindicatos como denúncia anônima e que foi apresentado à categoria na edição 1660 do jornal Linha Viva.
A Intercel permanece dialogando com a categoria e com o Parlamento catarinense sobre a proposta e seguirá atenta aos próximos movimentos que possam trazer risco à manutenção da Celesc enquanto empresa pública.
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