Mulheres são agredidas e assediadas diariamente em nosso País. Seja no ônibus, no metrô, no local de trabalho e até no ambiente familiar. Se ela conseguiu um posto mais alto na empresa, mesmo tendo formação e competência, muitos apontam que “dormiu com alguém poderoso” para chegar ao topo. Se veste uma roupa mais sensual para ir trabalhar, é porque “está se insinuando para os homens”. O assédio e o preconceito com as mulheres não têm cor e nem classe social. Ocorre em todos os espaços e precisa ser repudiado.
É com preocupação que os sindicatos que compõem a Intercel e a Intersul tomaram conhecimento de denúncias de assédio sexual que teriam sido praticados por ex-inte grante do governo federal contra algumas mulheres – fato divulgado amplamente pelos meios de comunicação a partir do dia 5 de setembro.
É inaceitável qualquer tipo de violência, assédio e preconceito contra as mulheres, ainda mais quando a pessoa acusada é um agente público responsável por criar políticas para defender e proteger os direitos humanos.
É importante que as denúncias – no governo federal, no âmbito das empresas de energia elétrica e em todos os outros espaços – sejam tratadas com seriedade e cuidado. Mais que isso, às mulheres denunciantes deve sempre ser resguardado o acolhimento, a proteção, a escuta respeitosa e o acompanhamento da denúncia.
Às empresas e aos governos, cabe cada vez mais tratar desse tema dentro das corporações, facilitar o acesso aos canais de denúncias e apurar rigorosamente todos os casos.