O Conselho Deliberativo da Celos aprovou em reunião extraordinária realizada na última sexta-feira, 2 de maio, o reajuste de 18,6% dos Planos Celos Saúde e Celos Saúde Essencial para o período de maio de 2025 a abril de 2026.
A ata da reunião extraordinária chama a atenção pelo fato de o percentual de 18,6% não ter sido apro vado pelos representantes eleitos pelos participantes e aposentados e não ter sido o percentual encaminhado pela equipe técnica da Celos e pela Diretoria Executiva da Fundação para deliberação do COD. Os estudos realizados pelos técnicos da Celos, pela consultoria contratada e pela Diretoria Executiva propunham um reajuste de 13,05%. A aprovação do percentual de 18,6% ocorreu depois de um empate na votação e do presidente do Conselho indicado pela Celesc, Fernando Yamakawa, desempatar pelo percentual maior.
Segundo o conselheiro eleito João Maciel, apesar de ainda elevado, o reajuste de 13,05% proposto pela Diretoria da Celos considerava a reversão da rentabilidade do fundo assistencial à operação dos Planos de Saúde, reduzindo o impacto imediato em um cenário conser vador dos resultados dos investimentos “neste ano, temos uma Selic terminal apontada pelo relatório Focus de 14,75%, possibilitando a alocação dos recursos do fundo assistencial em investimentos conservadores de renda fixa e, consequentemente, compensando a necessidade de receita direta para os planos vindo diretamente do aumento da mensalidade de empregados e aposentados” explicou João.
Chama atenção que o voto dos representantes indicados pela Diretoria da Celesc no Conselho Deliberativo, Elisabeth Coelho da Silva, Emerson Edson dos Santos de Azevedo e Fernando Yamakawa, esse último presidente do Conselho Deliberativo, foram contrários ao encaminhamento da Diretoria Executiva, que contou com a orientação do Diretor Presidente da Celos, Ivecio Felisbino Filho, também indicado pela patrocinadora Celesc.
“Os votos dos conselheiros da patrocinadora para pesar a mão no reajuste e penalizar os empregados e aposentados da Celesc foram justificados por, segundo registro do próprio presidente do Conselho, Fernando Yamakawa (acompanhado pelos demais conselheiros indicados, Elisabeth Coelho da Silva e Emerson Edson dos Santos de Azevedo), estudos e simulações próprias “de caráter meramente ilustrativo” o que torna a decisão ainda mais indefensável” reforça João Maciel.
A Intercel questiona a Diretoria Executiva da Celesc e seus indicados no Conselho Deliberativo da Celos: qual o interesse de gerar um maior custo aos participantes com relação aos Planos de Saúde? Será uma tentativa de forçar as pessoas a migrarem de plano e perderem o benefício pós-emprego? A Diretoria da Celesc repassará a diferença de mais de 5% do aumento dos Planos na negociação do Acordo Coletivo como ganho real?