Reestruturação da Celesc: Entre a Promessa de Eficiência e a Sombra da Política

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Imagem: ChatGPT

 A diretoria da Celesc, indicada pelo governador Jorginho Mello (PL), propôs uma reestruturação que levanta mais dúvidas do que certezas. O mais recente Boletim do Representante dos Empregados no Conselho de Administração, Paulo Horn, aponta que as mudanças parecem priorizar a política em detrimento da eficiência, com a aprovação da proposta sendo “forçada e açodada”.

 O documento, que detalha a análise de consultorias contratadas pela própria Celesc, expõe uma série de contradições. A reestruturação, que a Diretoria justifica como uma forma de alinhar a empresa ao planejamento estratégico, na verdade, parece ir “na contramão” de tudo o que foi construído até agora. Um dos pontos mais criticados é a transferência de setores-chave. A consultoria Kearney, por exemplo, classifica algumas propostas como “passageiras” e “desnecessárias”, recomendando que áreas como a de Atendimento Comercial, transferida da Diretoria Comercial para a de Regulação, retornem à sua posição original. A consultoria Roland Berger também critica essa mudança, afirmando que desvincular o atendimento ao cliente da área comercial pode comprometer a eficácia e a percepção de qualidade pelo consumidor, além de transmitir uma “mensagem contraditória”.

 As consultorias também alertam sobre a perda de importância estratégica de outras áreas, como a de Geração e Comercialização de Energia, que seriam esvaziadas com a nova estrutura. O Boletim levanta um alerta grave: a Geração, que não é resguardada pela legislação que exige plebiscito para a privatização, pode se tornar um ativo a ser “negociado”. 

A pressa na aprovação dessa proposta, criada em segredo e sem debate algum com a categoria, levanta um sinal de alerta: a sensação é de que a aprovação está sendo “força da”. Em uma demonstração de autoritarismo, o presidente da Celesc teria afirmado que “se de 9 Diretores, 7 concordaram, então é consenso”. 

O texto do Conselheiro concluiu que o cenário atual é de “autoritarismo misturado com incompetência e delírio”, clamando pela mobilização dos trabalhadores em defesa da Celesc Pública. Afinal, a reestruturação que prometia modernizar a Celesc estaria, na verdade, enfraquecendo a empresa para favorecer interesses políticos? A pressa em aprovar a proposta e os alarmantes apontamentos das consultorias deixam o questionamento no ar. O futuro da energia em Santa Catarina parece mais incerto do que nunca.

 A categoria deve permanecer atenta ao tema e aos chamados dos sindicatos! Celesc Pública, bom para todo mundo! 

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