Santa Catarina e a rejeição à vacinação

TRIBUNA LIVRE | Por Mauro Passos, trabalhador aposentado da Eletrosul, ex-dirigente do Sinergia, ex-vereador em Florianópolis e ex-deputado federal por Santa Catarina

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Santa Catarina nunca tinha visto visto tamanha rejeição. As campanhas de vacinação, que sempre foram exemplo no Brasil, viraram mico. Os resultados recentes divulgados em relação à dengue, envergonham qualquer governante. O quadro é preocupante, não só pelo alto número de infectados, como pelas mortes causadas.

No dia 16 de julho foi apresentado o índice de cobertura vacinal contra a dengue em SC por região. Todas ficaram muito abaixo do esperado: Nordeste (40,49%), Grande Florianópolis (24,22%), Médio Vale do Itajaí (14,17%) e região Oeste (15,33%). A confirmação do descaso com a saúde pública, a meu ver, tem responsáveis. Nunca se teve índices de cobertura vacinal tão baixos.

A sociedade é a mesma, só que os dados mostram um comportamento de absoluta desatenção com cuidados básicos de saúde pública. Sem dúvida, perdemos o compromisso que se tinha com as campanhas de vacinação. Algo assustador, que precisa ser melhor apurado. Um retrocesso, que, ao ser identificado, precisa de resposta. 

O fato novo que pode ter contribuído para essa rejeição, foi a pressão que o governo passado nos submeteu contra a vacinação durante a Covid. Sem qualquer escrúpulo, fizeram de tudo para que as pessoas não se vacinassem. Como resultado, tivemos mais de 700 mil mortos, em termos proporcionais: o pior resultado possível no mundo. 

Pelo visto, as consequências desse vergonhoso passado, ainda estão presentes entre nós. Em SC, o legado que ficou está registrado no relatório apresentado. Portanto, é bom estar atento aos índices: trata-se de uma triste realidade. Um grande retrocesso, fruto da descrença das pessoas para com a saúde pública. Eles sabem o que fizeram… 

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