Que país é esse… (2018 a 2022)

TRIBUNA LIVRE | Por Mauro Passos, trabalhador aposentado da Eletrosul, ex-vereador por Florianópolis, ex-deputado federal por Santa Catarina e ex-dirigente do Sinergia

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Para não confundir com a música da Legião Urbana, o artigo se refere a um período de escuridão que tivemos que enfrentar. Nasceu através de articulações pouco republicanas que envolveram os Três Poderes da República, que permitiram o impeachment de uma presidenta legitimamente eleita.

No seu lugar assumiu o vice, com um leque de atribuições e compromissos assumidos com os criadores e gestores da crise política que se estabeleceu. Não satisfeitos, logo perceberam que quem iria ganhar as próximas eleições, não fazia parte do comboio. Sem qualquer pudor, juntos definiram a cadeia como o seu destino. E ali permaneceu por um bom tempo, até que o resultado das eleições de 2018 confirmasse a vitória do “sem noção”. (*)

 O que se viu de 2018 até 2022, nos fez passar vergonha aos olhos do mundo. Um povo feliz, por natureza amoroso, perdeu o rumo. A violência passou a fazer parte da política e o ódio que parecia não estar presente entre nós, surgiu do nada. Dentro de casa, no trânsito, nas relações de trabalho, por todos os lados a incompreensão se espalhou como incêndio em mato seco. Talvez a reação mais impactante dessa parcela da sociedade adoecida que ficará para sempre na nossa lembrança, foi o que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Sem dúvida, o país enfrentou um no último dia 15. Um péssimo exemplo que de certa forma está associado ao legado que ficou do governo anterior, o tsunami. Cada dia uma desgraça, setecentos mil brasileiros morreram por covid e o “sem noção” o que fez, desmoralizou a vacinação. Por outro lado, incentivou a população a se armar sem qualquer preocupação com as consequências desse desatino. Esse passado recente, ameaçador e atrasado, foi vencido pelo voto. Felizmente, a democracia venceu o ódio. Algumas sequelas ficaram alimentando incompreensões dentro do Congresso Nacional, que abriga um grupo de opositores que apostam tudo para dificultar as ações do governo. (**)

 Diante da baixaria que vimos em São Paulo, o despretensioso artigo acabou sendo produzido às pressas. Não se pode deixar de registrar o horror das cenas no debate para prefeito da cidade, no último dia 15. Um péssimo exemplo que de certa forma está associado ao legado que ficou do governo anterior, violência e a ausência da boa prática política. A maior cidade da América Latina, está ameaçada por gente despreparada e muito desequilibrada postulando sua gestão.

(*) O “sem noção” foi afastado do Exército por má conduta. Depois foram sete mandatos de deputado. Sem brilho na legislatura, pouco uso fez da Tribu na. Não deixou uma boa imagem entre seus pares, tanto assim que concorreu três vezes ao cargo de presidente da Câmara de Deputados. A última em 2017, obteve apenas quatro votos. (Fonte, Wikipédia).

(**) A Câmara e o Senado, através dos seus presidentes, não têm facilitado a vida do presidente Lula. Através das Emendas Parlamentares e das Emen das PIX, vem drenando o Orçamento da União. Mesmo assim, o PIB vem crescendo e o emprego também. A inflação está controlada e no mês de julho foi a mais baixa entre os países do Continente Americano.  

 

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