A direção da Celesc vem partindo para o enfrentamento com a categoria há algum tempo. O episódio mais recente foi a “antecipação do reajuste anual” dos valores das diárias de viagens, de 17 de julho para 1 de junho: um aumento de apenas dez reais (quatro reais e trinta centavos de ganho real, se considerada a inflação), quando a categoria reivindicava pelo menos quarenta reais a mais para suas necessidades básicas de alimentação. A reação foi imediata: muitos trabalhadores ficaram indignados, pois a Diretoria ouviu as demandas dos trabalhadores duas semanas atrás no auditório da Administração Central e sabia que apenas dez reais não resolveria o problema instalado.
Não só isso, mas outros problemas vêm se acumulando sem solução nos últimos tempos: recurso da PLR 2023 sem resposta, Grupos de Trabalho que avançam a passos de tartaruga, atendentes comerciais passando por dificuldades com a mudança do sistema sem a devida atenção da direção, sucateamento e terceirizações intermináveis em diversas áreas, indicando a má vontade da atual gestão em contratar quadros próprios qualificados para atender a população catarinense.
O cenário posto indica apenas uma resposta: o enfrentamento da categoria à atual gestão da empresa. Ou a direção da Celesc muda os rumos num curto espaço de tempo ou, antes do Acordo Coletivo de Trabalho, a categoria precisará se unir para fazer o enfrentamento e cobrar respeito por parte da direção da Celesc.