Recentemente, tive a oportunidade de vivenciar algo que, para muitos, é um verdadeiro desafio: participar pela primeira vez do comando de greve como sindicalista. A experiência foi intensa e transformadora, marcada por momentos de apreensão, mas também por uma união que jamais esquecerei.
Já havia passado por paralisações e mobilizações que foram realizadas na Administração Central, mas uma greve tem um impacto ainda maior, pois trata-se do último recurso dos trabalhadores para demonstrar sua insatisfação e descontentamento aos ataques constantes da Diretoria na tentativa de retirar direitos dos trabalhadores.
A responsabilidade de estar à frente de um movimento tão importante trouxe consigo uma série de emoções. A cada nova rodada de negociações, a expectativa e a ansiedade se misturavam, gerando uma tensão palpável entre os trabalhadores. Estávamos todos ali, esperando por uma resposta, por um sinal de que nossos esforços seriam reconhecidos e que conseguiríamos alcançar os nossos objetivos.
Mas o que realmente marcou essa experiência foi a força da coletividade. Mesmo nos momentos mais difíceis, quando as incertezas pareciam tomar conta, a união entre os trabalhadores prevaleceu. A solidariedade e o espírito de luta se fortaleceram a cada dia, mostrando que, juntos, somos mais fortes.
Participar da condução dessa greve foi, sem dúvida, um aprendizado valioso. Pude ver de perto o poder que temos quando nos unimos por uma causa comum, e isso me trouxe uma renovada confiança na capacidade de resistência e mobilização da nossa classe trabalhadora. Essa primeira experiência ficará marcada como um exemplo de que, mesmo diante dos maiores desafios, podemos encontrar na coletividade a força para superar as adversidades.
Agora teremos novos desafios pela frente, com o início das negociações de ACT 2024/2025.
Mais uma vez, os trabalhadores esperam que a empresa reconheça quem de fato são os responsáveis pelo sucesso da Celesc. Por aqui, tenho certeza de que estaremos vigilantes e prontos para ecoar a voz dos trabalhadores em todos os cantos do estado e demonstrar que o coletivo faz a diferença e está disposto a lutar pela manutenção dos nossos direitos, sem retrocessos, porque aqui ninguém solta a mão de ninguém e, juntos, somos muito fortes.