5° Congresso do Sinergia é realizado em Florianópolis

Evento aprovou o retorno do Sinergia à CUT, após negociação sobre a moratória com a Central Sindical.

0
226

O Sinergia realizou nos dias 1 e 2 de dezembro o seu 5° Congresso, em Florianópolis. Participaram do evento eletricitárias e eletricitários da Grande Florianópolis, além de dirigentes de Sindicatos, Centrais Sindicais e Movimentos Sociais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A palestra de abertura, sobre a Conjuntura da Classe Trabalhadora e o Setor Elétrico, teve como debatedores Juliane Furno, que é Doutora em desenvolvimento econômico na UNICAMP e professora da faculdade de Economia da UERJ, e Gilberto Cervinski, que é engenheiro agrônomo pela UFSM; Especialista em Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo pela UFRJ; Especialista em Economia Política pela UFES; e mestre em Energia pela UFABC. Cervinski também é integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e membro da Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia. Na palestra, Juliane falou sobre as condições para que o Brasil possa retomar a indústria e fortalecer as empresas estatais, além de lembrar da necessidade da classe trabalhadora, Sindicatos e Movimentos Sociais estabelecerem cada vez mais pautas progressistas, em contraposição ao movimento neoliberal que tenta convencer a sociedade a todo instante da retirada de direitos da classe operária, forçando a acreditar que o estado mínimo é a solução aos problemas encontrados hoje na sociedade: “temos que polarizar cada vez mais para poder puxar a corda para o nosso lado”, afirmou. Já Cervinski lembrou que o governo federal anterior tinha como lema “Deus, Pátria e Família”, mas entregava empresas fundamentais ao desenvolvimento e soberania nacional para o capital internacional, o que é uma incoerência. Ele também afirmou que há uma tendência efetiva de migração da máquina à combustão para a máquina operada por energia elétrica, que é mais eficiente. E concluiu sua fala, traçando um paralelo sobre as dificuldades que o primeiro governo de Lula encontrou – pós-apagão na gestão FHC, com necessidade de construção de usinas e linhas de transmissão – e as dificuldades da atual gestão, muito maiores, com necessidade de reestatizar empresas e retirá-las das mãos do capital internacional, além de reduzir o alto custo da energia.

Congresso-5

Image 7 of 11

Ainda no primeiro dia, foi divulgado o resultado final do Concurso FotoGrafando a Trabalhadora e o Trabalhador (confira matéria na pág. 4). Já no segundo dia de Congresso, a categoria participou de debates com os advogados do Sinergia (escritório Garcez), de grupos de trabalho que definiram mudanças no Estatuto do Sindicato e da aprovação dos estudos sobre o patrimônio da entidade sindical. O retorno do Sinergia para a CUT, após negociação da moratória com a Central Sindical, e diversas moções também foram aprovadas – entre elas, a de repúdio aos ataques de Israel à população palestina. A mesa de encerramento do 5° Congresso foi composta somente por pessoas negras ou LGBTQIAP+, reforçando o compromisso do Sinergia com a diversidade, o respeito e a inclusão.

Após a finalização do Congresso, foi realizada a Assembleia que referendou todas as decisões tomadas no evento. A Assembleia contou com a participação de Mauro Passos, ex-deputado federal, ex-vereador, ex-dirigente do Sinergia e presidente do Instituto Ideal, que falou da necessidade de manutenção da tese do Sindicato Cidadão, do Sinergia continuar ativo participando das lutas da cidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui