Eletrobras ensaia grande teatro, chamado de “Teatro dos Vampiros”

CATEGORIA PRECISA ESTAR UNIDA E DISPOSTA A LUTAR CONTRA ESSE “SHOW DE HORRORES”

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A diretoria da Eletrobras desenvolve planos para aumentar o lucro dos acionistas, foi o que disse o seu Presidente, Ivan Monteiro, em entrevista nessa semana: “Queremos continuar pagando bons dividendos”. Querem aumentar os lucros dos acionistas como também a remuneração de seus executivos, demitindo trabalhadores, reduzindo salários e retirando direitos conquistados ao longo de muitos anos, com muita luta e suor.

Em quatro rodadas de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), em aproximadamente 8 dias de reunião, a Eletrobras brinca e desrespeita os trabalhadores, ignora a seriedade e o trabalho dos sindicatos na negociação, fazendo um verdadeiro “Teatro dos Vampiros”. Neste Teatro, a Eletrobras já demonstrou a que veio: quer destruir direitos históricos, como cláusulas como a do Quadro de Pessoal, com garantia de emprego e PDV, ou seja, quer demitir em massa quando bem entender.

Desde a primeira negociação, insiste em ter a autorização dos sindicatos para reduzir os salários dos trabalhadores, fazendo referência a uma nova arquitetura salarial da Empresa e para quê? Simples: para aumentar ainda mais a remuneração dos VPs e distribuir lucros cada vez mais polpudos aos acionistas.

Quer também destruir o Plano de Cargos e Remuneração dos trabalhadores, previsto em normativo interno desde 2010, com a desculpa esfarrapada de que agora cada um poderá construir sua carreira, palavras do Zé, VP de Gente, que de gente parece não entender nada. Aliás, pasmem!, o executivo, que deveria cuidar da gestão da Gente da Eletrobras, saiu de férias DURANTE a negociação do ACT. Ele recebe uma remuneração de quase R$ 700 mil para fazer gestão de Recursos Humanos, mas quando chega a hora de fazer o que talvez seja o trabalho mais importante da sua pasta, some, assim como sumiu da primeira Rodada de Negociação, em Brasília.

5ª rodada 

Nesta terça-feira, dia 21, o CNE foi para a quinta rodada de negociação – dessa vez, no Rio de Janeiro – e havia a expectativa que a Eletrobras passasse a levar a sério a negociação com os trabalhadores, maior patrimônio da companhia, a maior empresa do setor elétrico da América Latina. O que se vê até o momento é um teatro, pois demonstram apenas o interesse em sugar o sangue de trabalhadores e trabalhadoras, em prol de suas remunerações e do lucro exorbitante de acionistas. Eles esquecem que estão gerindo a grande ELETROBRAS, e que essa irresponsabilidade com a força de trabalho pode custar muito caro a todos os brasileiros. Estão brincando com o fogo, pois estão demitindo os empregados mais experientes da empresa e sucateando os seus direitos.

O CNE faz um grande esforço para fechar o acordo em mesa de negociação. Tanto que, na quarta rodada, apresentou a unificação das cláusulas dos ACTs específicos, reduzindo o texto de mais de 150 cláusulas para 46. Essa medida precisa ser considerada pela empresa como uma conciliação para que seja possível chegar a um acordo que garanta os direitos dos eletricitários e respeite a saúde e a segurança de toda a categoria.

Cabe destacar, também, que em desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho vigente e a normativas interdas empresas do grupo Eletrobras, e sem nenhuma consideração e respeito com a vida, a direção da companhia continua agindo para destruir os Planos de Saúde de Autogestão dos trabalhadores, levando estes Planos para duas operadoras de mercado, a Bradesco e a Unimed. Muitas pessoas que usam o Plano de Saúde atual estão em meio a tratamentos de alta complexidade e de doenças graves, e estão desesperadas, pois pode haver a descontinuidade nesses tratamentos, o que pode ser fatal.

Para evitar mais transtornos aos trabalhadores, o CNE encaminhou ofício à Eletrobras solicitando a imediata suspensão de qualquer operação que envolva a contratação de planos de saúde de mercado.

Trabalhadores e trabalhadoras: não há outra alternativa a não ser: lutar, lutar e lutar! Não é possível se submeter a essa situação, que impõe demissões e perda de direitos conquistados com muita luta e suor ao longo de décadas.

Fique atento/a aos avisos do seu sindicato. Após a quinta rodada, serão realizadas as Assembleias Deliberativas nos dias 27 e 28 de maio, com indicativo de greve em todas as bases.

 

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