Uma nova reunião entre sindicatos da Intercel e a Diretoria da Celesc foi realizada na semana passada para questionar o que tem sido feito pela empresa para resolver os problemas do novo sistema comercial Conecte – e, por consequência, amenizar o sofrimento de celesquianas e celesquianos de diversas áreas.
Quatro atendentes comerciais de diferentes Regionais participaram do encontro, elencando os problemas que enfrentam no seu dia a dia e trazendo sugestões de solução para cada um deles. Entre os pontos questionados, os bugs do sistema, o pedido de melhorias na comunicação interna sobre o sistema Conecte, a necessidade de criação de um canal direto com a Administração Central sobre ocorrências de violências nas lojas, a necessidade de treinamento presencial e a possibilidade de ter mais de um monitor por atendente para facilitar a visualização das informações.
A empresa afirmou ter realizado treinamento sobre gerenciamento de estresse (saúde mental) em Chapecó e estaria avaliando promover também em outras Regionais. Sobre PIX, a Celesc informou que está previsto para o futuro fazer a compensação no mesmo dia. Alegam querer primeiro arrumar os problemas no faturamento, para depois mexer nisso. Para haver a compensação instantânea, seria necessário mudar o contrato. Atualmente, o valor só baixa no dia seguinte, pois o processamento de dados é feito à noite. Sobre o prazo para corte, a empresa afirmou que ocorrerá somente após março/2025, mas ainda no primeiro semestre do próximo ano. Alegam que o Grupo A começou a ter alguns cortes, mas ainda aos poucos. Sobre atualização no layout do sistema, informaram que há pedidos para simplificar a procura de uma IN pelo PN (aqueles que têm milhares de INs no seu CPF ou CNPJ), mas também somente para o futuro.
Os representantes dos sindicatos da Intercel reiteraram a preocupação com a falta de pessoal, a demora em solucionar os problemas técnicos, a dificuldade para o caixa da empresa, além do impacto não só na saúde mental das pessoas trabalhadoras, quanto o risco regulatório e de não atingimento de metas da PLR.
A solicitação da Intercel era que participassem todos os diretores da empresa, mas estiveram presentes apenas o DGC, o DCL e o DRJ – este, por alguns minutos.
A Diretoria e seus gerentes explicaram o impacto através de números, não elucidando sobre o não atendimento a todos os itens solicitados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), depois de denúncia de fato da Intercel. Vale lembrar que a Celesc respondeu ao pedido de TAC feito pelo MPT somente no último dia do prazo, solicitando uma nova mediação. A denúncia foi feita ao MPT em julho e as sugestões para que se contrate mais atendentes, assitentes sociais, que sejam permitidas pausas no trabalho nas lojas de atendimento, que sejam criados grupo com os sindicatos para estudar o quadro, além de reforçar a segurança nas lojas, foram apresentadas pelo Procurador do Trabalho, Dr. Sandro Sardá, ainda no mês de setembro.