Mulheres ganham 28,2% a menos que homens em Santa Catarina

2º Relatório de Transparência Salarial reúne informações de mais de 2,7 mil empresas catarinenses com 100 ou mais funcionários. No país como um todo, as mulheres ganham 20,7% a menos do que os homens

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As mulheres ganham 28,2% a menos do que os homens em Santa Catarina. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 4.149,13, enquanto a das mulheres é de R$ 2.976,49. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos mi­nistérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informa­ções enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da Lei nº 14.611/2023.

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). Em Santa Catarina, a diferença de remunera­ção entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 39,7%.

No total, 2.714 empresas catarinen­ses responderam ao questionário. Jun­tas, elas somam 924,4 mil pessoas em­pregadas. O 2º Relatório foi apresentado em 18 de setembro. Em março, o 1° Rela­tório indicou que, em média, as mulheres recebiam 29,4% a menos no estado. No primeiro ciclo, 2.692 empresas catari­nenses enviaram informações referentes a 915,1 mil empregados.

No recorte por raça, o relatório apon­ta que o número de mulheres negras em Santa Catarina (91.552) é muito infe­rior ao número de mulheres não negras (305.480). As mulheres negras recebem, em média, 26,4% a menos que as não ne­gras. Entre os homens negros e não ne­gros, a diferença de remuneração média é de 28,1%.

O documento registrou que em Santa Catarina, 52,3% das empresas possuem planos de cargos e salários; 28% têm po­líticas de incentivo à contratação de mu­lheres; 34,3% adotam políticas para pro­moção de mulheres a cargos de direção e gerência e 19,5% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 16,2% dos es­tabelecimentos contam com a política.

O relatório também apresenta infor­mações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incen­tivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros crité­rios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

NACIONAL — No Brasil, as mulheres ganham 20,7% a menos do que os ho­mens, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial. No total, 50.692 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de compa­nhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 27%.

Reprodução: CUT-SC https://sc.cut.org. br/noticias/mulheres-ganham-28-2-a-menos­-que-homens-em-santa-catarina-b9fb

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