Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band News, no domingo, dia 20, o governador Jorginho Mello (PL) reafirmou seu compromisso com a manutenção da Celesc e Casan públicas. Questionado pelo apresentador do programa se, por ser do PL, não privatizaria nada, se ficaria “tudo na mão do estado”, o governador respondeu que privatizaria o aeroporto de Jaguaruna, mas que “a nossa empresa de energia e a nossa empresa de água e esgoto, quando fui candidato, eles me interpelaram e eu disse: não pretendo privatizar, mas tem que entregar mais. A nossa empresa de energia está aplicando R$ 4,5 bi do seu lucro em energia trifásica”. Sobre a Casan, afirmou que a empresa pretende alcançar 58% de saneamento básico no estado.
Questionado pelo apresentador se as empresas públicas em Santa Catarina têm eficiência, Jorginho respondeu que sim e que Celesc e Casan estão entregando um bom serviço.
Ainda na entrevista, outro jornalista afirmou que o governador “tem a prova de que uma estatal pode funcionar”, momento em que Jorginho respondeu ter uma visão diferente de outros quadros do PL e da direita, por acreditar que “empresa que dá resultados não precisa vender” e que a Celesc hoje é a companhia de energia “melhor avaliada no Brasil. Então, vender porque tem que vender? Não tem que vender. Vendo qualquer coisa, desde que não interesse mais, porque não funciona”.
Apesar do discurso pela não privatização, o governador indicou Diretorias, tanto na Casan quanto na Celesc, que tomam decisões encaminhando as duas empresas para a precarização, não contratando empregados próprios em número suficiente, aumentando as terceirizações e deixando a população mal atendida, o que justificaria uma futura privatização, uma vez que Jorginho sempre atrela a manutenção das empresas públicas à qualidade do atendimento.