Na quarta-feira da semana passada, 3 de julho, foi realizada a primeira rodada de negociação entre o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Eletrobras, após o início da mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O encontro ocorreu de forma híbrida, com parte dos dirigentes sindicais presentes fisicamente e outra parte virtualmente, assim como os representantes da direção da empresa.
A reunião foi pautada pelos pontos que os sindicatos levaram como contraproposta para a mediação no TST. A direção da Eletrobras sinalizou avanços na questão do abono, concordou com a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho específico por dois anos e garantiu que o aporte financeiro para o plano de saúde dos aposentados e agregados será incluído no Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2026. O CNE ainda aguarda as redações específicas para confirmar se as propostas atendem claramente às solicitações feitas na pauta.
No período da tarde, a mesa de negociação contou com a presença do Vice-Presidente de Gente, Gestão e Cultura, José Renato, e do Vice-Presidente Jurídico, Marcelo Siqueira. Eles reforçaram a intenção da Eletrobras de fechar a negociação do ACT em mesa – inclusive despacharam com o ministro do TST para informar o andamento das discussões com as entidades sindicais.
Apesar dos avanços propostos pela representação da empresa, alguns pontos são muito importantes para os trabalhadores: garantia de emprego, considerando a saída nos últimos anos de milhares de trabalhadores sem nenhuma reposição, resultando em déficit de pessoal em quase todas as equipes. A Eletrobras demonstrou compreensão dessa preocupação e propôs uma nova rodada de negociação nesta terça-feira, dia 9*, para debater esse ponto, e também, outro que é muito importante, que os trabalhadores conheçam a arquitetura salarial proposta, sobre a qual a empresa se comprometeu a apresentar uma estrutura. Como aceitar o congelamento das matrizes salariais do Plano de Cargos sem conhecer o novo Plano da empresa?
O CNE reforça que está empenhado em fechar esse processo de negociação em mesa e avançar com responsabilidade em todos os itens importantes para a categoria. O Coletivo reafirma que os avanços só são possíveis graças à confiança e mobilização da categoria, que tem participado ativamente das assembleias e chamados das entidades sindicais. O CNE agradece a todos os trabalhadores e trabalhadoras pela mobilização contínua. A presença de José Renato e de Marcelo Siqueira na mesa não é o fator determinante para o fechamento do processo, mas sim a mobilização de toda a categoria. Assim, é fundamental que todos/as continuem atentos/as aos chamados e outros informes dos sindicatos da Intersul.
*Até o fechamento desta edição do jornal Linha Viva, a reunião de terça-feira não havia sido encerrada.