Os sindicatos surgiram do processo de industrialização como forma de resistência e luta dos trabalhadores que, nas primeiras fábricas, cumpriam jornadas de trabalho entre 14 e 17 horas diárias, sete dias da semana. Não havia descanso remunerado, nem contrato de emprego, e trabalhavam lado a lado, homens adultos, crianças e mulheres grávidas. O que importava era a produção e o lucro; o trabalhador era apenas uma peça da engrenagem. Para lutar por condições melhores de trabalho, os trabalhadores começaram a se associar em grupos que, aos poucos, começaram a construir uma consciência de classe. As primeiras associações surgiram na Inglaterra, mas eram violentamente reprimidas pelo poder público e obrigadas, muitas vezes, a atuar na semiclandestinidade. Em 1824, o parlamento inglês aprovou o direito à livre associação. Logo os sindicatos se espalharam por todo país, em todos os ramos industriais.
No Brasil, as primeiras associações de operários eram, na realidade, grupos de auxílio mútuo, com caráter assistencialista para atender casos de doença, invalidez, desemprego e pensões para viúvas, por exemplo. A partir de 1930, a relação entre capital e trabalho passou a ser tratada como questão política. Por decreto governamental, foi instituída uma estrutura sindical – que era atrelada ao Estado pelo imposto sindical. Em 26 de novembro de 1930, foi criado o Ministério do Trabalho e, em 1o. de maio de 1943, foi sancionada a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
VOCÊ SABIA?
A palavra sindicato tem origem greco-latina. No grego, “syndicos” se refere àquele que defende a justiça; no latim, “sindicus” denomina o “procurador escolhido para
defender os direitos de uma corporação”.