Os trabalhadores e trabalhadoras da Casan entraram em greve nessa quarta-feira, 22 de maio, em protesto à retirada de direitos, ameaças e perseguições, terceirizações indiscriminadas e sucateamento da Companhia, por parte da diretoria da Casan.
Há um déficit de 400 trabalhadores, número divulgado pela própria Casan, e a diretoria não chama os aprovados do concurso público. O quadro de desmonte da empresa pública é bastante semelhante com o que vem ocorrendo na Celesc.
O governador Jorginho Mello (PL) se comprometeu, através da assinatura de Termo-compromisso, a fortalecer a Casan e utilizá-la como ferramenta para universalização do saneamento no Estado, reduzir as terceirizações e ampliar a contratação de pessoal, bem como respeitar os direitos dos trabalhadores e os sindicatos. Esse compromisso assumido com os trabalhadores da Casan durante a campanha é muito parecido com o firmado com os empregados da Celesc.
O caminho que a direção da Casan toma é da gestão temerária, exatamente o contrário do proposto pelo compromisso do governador, prejudicando o atendimento à população e atacando os trabalhadores e suas representações.
ção e atacando os trabalhadores e suas representações. O governador precisa retomar as rédeas da companhia, e redirecioná-la para o cumprimento do seu compromisso com os trabalhadores e com a sociedade, de modo a possibilitar a melhoria do atendimento e a ampliação das metas do saneamento.
De acordo com o Sintaema (sindicato que representa trabalhadores e trabalhadoras da Casan em todo o estado), a categoria enfrenta os seguintes problemas: “a má gestão; o processo de sucateamento; a omissão do governador Jorginho Mello e da direção da Casan em aprovar o PLC 040/23; o descumprimento da carta-compromisso do governador, por parte da direção da Casan; a tentativa de impor a cláusula da MORDAÇA no representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa; a tentativa de contratar, irregularmente, advogado que defende empresas privadas de saneamento, por R$ 355 mil, sem licitação; a falta de contratação de 400 pessoas via concurso para poder atender bem à população; e o processo de adoecimento dos trabalhadores, resultado das famigeradas jornadas de trabalho impostas pela diretoria”.
Como se observa, as questões são bem semelhantes às que enfrentamos na Celesc, razão pela qual é necessário que o governador se atente para as empresas públicas e chame as lideranças para atender aos compromissos firmados em campanha.
* Após o fechamento dessa edição do Linha Viva, seria realizada uma nova reunião de negociação entre o Sintaema e a direção da Casan, que poderia resultar na continuidade ou no cancelamento da greve.