A situação da Celesc não deixa dúvidas das reais intenções dos Lobos travestidos de Cordeiros: a precarização através do aumento da terceirização, a falta de renovação da frota, os problemas no atendimento, o descaso com a manutenção dos direitos conquistados e o descaso com a gestão pública da Celesc trazem a certeza da união de trabalhadores e trabalhadoras na luta e resistência por seus direitos e pela manutenção da empresa pública.
Mais do que nunca, a categoria precisa ficar atenta a Lobos travestidos de Cordeiros. Eles estão entre nós, agindo como se estivessem do lado da classe trabalhadora e da sociedade quando, na verdade, estão jogando sujo, trabalhando para confundir e dividir os trabalhadores para conquistar seus objetivos. Aqueles que são iludidos com esse encanto trazem grande indignação, fazendo o papel vexatório porque ‘se tornou gerente’, tentando influenciar seus subordinados contra as entidades sindicais, não entendendo que fragilizar a luta é deixar o caminho aberto para a retirada de direito e a consequente privatização. É só olhar para o setor e ver as reclamações onde foram feitas as privatizações: não tem salvação pra ninguém, ninguém se garante.
A Celesc existe há 69 anos. Esteve e estará sob o comando de diversos governadores e presidentes indicados. Porém, só continua tendo respeito de seus consumidores e sendo lucrativa por causa do trabalho incessante e da qualidade de seus empregados. A estratégia bem definida do atual governador, Jorginho Melllo (PL), em conluio com o Presidente Tarcísio Rosa e diretoria indicada, vai deixando correr solto o sucateamento da companhia. Com certeza o objetivo é chegar ao ponto de ser “obrigado” a privatizar. É só ler a entrevista no Valor Econômico do início do mês dada pelo presidente.
O Lobo em pele de Cordeiro se apresenta como um empreendedor moderno, fala de prêmios e lucros que a Celesc vem ganhando. E, seguindo o comando do Governador, discursa mundo afora que a ideologia de mercado dá melhores resultados.
Em princípio, pode parecer exagero, mas os fatos são incontestáveis.
1– Aumento da distribuição de dividendos aos acionistas em detrimento de maiores investimentos no sistema, aumentando o endividamento futuro da Celesc;
2– Quadro de trabalhadores sendo reduzido dramaticamente, através de constantes Programas de Incentivos a Demissões sem reposição, descumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta – TAC assinado com o Ministério Público do Trabalho;
3– Modelo de gestão que os trabalhadores defendem desde 1997 avança no passo de uma TARTARUGA.
A Celesc como empresa pública deve lembrar que a “energia é um bem de todos e alavanca do desenvolvimento social”. Portanto, o mercado não determina como serão aplicados investimentos e sim o interesse de todo o povo.
A situação da Celesc conclama cada empregado/a a levantar-se e defender mais uma vez a empresa pública e seus direitos de administrações atrapalhadas e denunciar quem venha a se utilizar para atender interesses escusos e sorrateiros. Teremos que conviver com aqueles que preferem esconder-se atrás de lamúrias e chiadeiras, achando que o mundo está contra eles, mas se deliciam na engorda com os ganhos das lutas dos outros. A jornada é difícil, mas temos em nosso DNA a luta e a resistência e, com isso, nos libertamos, não nos submetendo à mesmice de sempre, nos escravizando.
“Afinal de contas, não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo. Nada de morrer na praia, nada de correr da raia”. SERÁ QUE O CORDEIRO DOADO PELO DIRETOR DE GERAÇÃO ERA UM LOBO E FUGIU?