Durante o mês de junho, todas as páginas 4 do Linha Viva serão destinadas às letras da sigla LGBT+, como forma de homenagear as pessoas lésbicas, gays, transexuais, travestis ou bissexuais para além do dia 28, que é o dia Internacional do Orgulho LGBT+, mas principalmente, como forma de conscientizar pessoas cisgêneras e heterossexuais acerca do que significa cada uma dessas letras. Como serão quatro semanas e quatro edições do Linha Viva em junho, vamos destacar as letras LGBT, mas ressaltamos a importância de se entender o restante das siglas – IAPN+ (Intersexos, Assexuais, Pansexuais e Não-Bináries).
A primeira sigla do mês LGBT é o “L”, de lésbica. Lésbicas são pessoas identificadas como mulheres que sentem atração romântica/sexual por outras mulheres.
A principal luta das mulheres lésbicas está relacionada ao patriarcado – e a invisibilidade dos homens. Até pouco tempo atrás, pessoas que se relacionavam com outras do mesmo sexo eram apenas definidas como “gays”, mesmo que fossem mulheres. Isso tornava invisível a identidade das mulheres, já que eram sub-representadas pela identidade dos homens.
Outro estigma masculino relacionado pejorativamente às mulheres lésbicas é o termo “sapatão” – utilizado no sentido de “parecerem homens”, por isso precisariam de um sapato maior.
Toda essa necessidade de masculinizar a mulher lésbica surge da heteronormatividade – que masculiniza as pessoas que se relacionam com mulheres, afinal, para os heteros, somente os homens cisgêneros podem amar uma mulher.
Por mais que para muitas pessoas isso seja óbvio, NUNCA DIGA A UMA MULHER LÉSBICA: – “Quem é o homem da relação?”; – “Você só é lésbica porque nenhum homem te c*meu direito”, – “Você não sente falta de alguma coisa no sexo?”; – “Que desperdício”; -”Se é para namorar uma mulher tão masculina, porque não um homem de verdade?”.
Se você é uma pessoa cisgênera (que se identifica com o sexo biológico) e heterossexual, provavelmente ninguém nunca questionou sua sexualidade ou quando a escolheu. Faça o mesmo com todes: a sexualidade é individual e a vida pessoal de cada um/uma não deveria importar mais do que o caráter.
Visibilize mulheres lésbicas, contrate mulheres lésbicas, leia mulheres lésbicas. Faça a diferença na vida das mulheres lésbicas ao seu redor!